Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
دلائل نبوة محمد
Línguas Português
اللغة البرتغالية
Algumas Provas da Condição de Profeta de Mohammad (S)
O
pesquisador da Biografia do Profeta Mohammad (S) irá encontrar provas
que atestam a veracidade de sua condição de Profeta, de quatro formas:
Primeira:
A sua biografia pessoal e distinta, que surgiu em todas as fases de sua
vida. Ele ficou conhecido pela sua excelente conduta, pela sua
veracidade e lealdade. Os habitantes de Makka costumavam confiar seus
bens valiosos a ele, pela sua total confiança nele. Khadija, filha de
Khuailed (R) encarregou-o de suas atividades comerciais devido à sua
honestidade, às suas habilidades e o amor que as pessoas nutriam por
ele.
Ele ficou famoso entre as pessoas devido ao seu equilíbrio e
senso de justiça. Ele foi o homem a quem as pessoas de Makka
encarregaram de resolver o impasse que havia surgido entre as tribos
coraixitas quando reconstruíram a Caaba e se desentenderam quanto à
recolocação da Pedra Negra em seu devido lugar. Foi a sua inteligente
solução que apagou o fogo da discórdia entre os habitantes de Makka. Há
um consenso entre os historiadores de que ninguém dos maquenses,
contemporâneos seus, mesmo entre os seus opositores, pode acusá-lo de
mentiroso, ou de traição, ou de loucura. Quando ele os reuniu no monte
Safa e lhes perguntou: “Se eu lhes dissesse que atrás dos montes há
cavaleiros que estão prontos para atacá-los, vocês acreditariam em mim?”
Num uníssono responderam: “Sim! Pois nunca soubemos que é mentiroso.” Aquilo comprovou a sua sanidade, a força de sua personalidade e sua fama de veraz.
Quanto
à sua vida fora da profecia, as provas de à sua distinta personalidade
são mais marcantes, pois teve uma vida de generosidade e excelente
caráter. Seus companheiros o amaram de forma marcante. Eles sacrificaram
por ele seus bens e pessoas. Sua vida foi simples, pois levou uma vida
de ascetismo neste Mundo.
Esses aspectos demonstravam claramente que
ele era dono de uma personalidade humana ímpar, que transmitia confiança
em quem o conhecia, levando-o a acreditar que ele foi o Profeta enviado
por seu Senhor.
Segunda: O
objetivo da missão que ele transmitiu às pessoas. Ela começou sublime e
nobre desde o primeiro instante de sua vida missionária. Seu povo lhe
ofereceu a liderança, a riqueza, o casamento com as mais belas mulheres
árabes. Ele, porém, rejeitou suas ofertas, confirmando-lhes que o seu
objetivo era transmitir a religião do Islam a todas as pessoas. O
decorrer de sua vida foi a prova da sublimidade e nobreza de seu
objetivo. Sua conduta e relacionamento com as pessoas durante a sua
missão e após ter Deus consolidado a sua religião em Makka, Madina e as
adjacências da Península Árabe, são a prova de que ele não procurava a
liderança nem a soberania, mas era um Profeta enviado por seu Senhor.
Adi Ibn Hátim, o chefe do clã de Tai, mesmo sendo cristão, conta,
influenciado pela conduta do Profeta (S), na primeira vez que o
encontrou: “Ele me levou para a sua casa. Por Deus, enquanto estávamos
indo para lá, uma senhora idosa o parou no caminho por longo tempo,
pedindo-lhe que resolvesse um problema seu. Aquela conduta me fez pensar
comigo mesmo que não era conduta de rei.”
Por outro lado, a história
não esquece o seu procedimento a respeito dos que o desmentiram,
combateram, injuriaram e torturaram seus companheiros, além de tentarem
matá-lo, combatendo, perseguindo e matando muitos de seus companheiros.
No dia de sua conquista de Makka, ele os tratou com misericórdia e
carinho, apesar dos maus tratos deles. Ele lhes perguntou: “O que
esperam de mim?” Eles responderam: “És um irmão generoso, filho de um
irmão generoso.” Ele, então, lhes disse: “Podem ir, estão livres”,
perdoando-os.
Terceira: o exame do que o Profeta (S) nos trouxe
Vamos examinar o Alcorão. O Alcorão foi-lhe revelado como o seu maior milagre. Quais são os aspectos milagrosos do Alcorão?
O Alcorão é considerado um milagre em vários aspectos:
a.
Do aspecto literal, de estilo e de eloqüência. Isso se torna claro
quando nos recordamos que o seu povo árabe era o mais eloqüente dos
povos. Apesar disso, não tiveram coragem de duvidar de sua veracidade,
mesmo sendo opositores de sua missão. Mohammad (S) era iletrado, não
sabia ler nem escrever; como poderia apresentar um livro com aqueles
aspectos milagrosos? Essa questão é a que mais indica que ele é o
Profeta enviado por seu Senhor. O aspecto mais milagroso é que o próprio
Alcorão desafia os coraixitas, juntamente com os árabes e todas as
pessoas, até o Dia da Ressurreição, a apresentarem uma obra semelhante a
ele, ou de uma porção semelhante ao que ele possui. No decorrer de
quatorze séculos da história, ninguém conseguiu apresentar mesmo um
versículo semelhante aos seus versículos. Até o Dia da Ressurreição, o
desafio continua de pé para todas as pessoas.
b. Quanto aos seus
significados, em que ele informa a respeito do passado desconhecido. Ele
informa a respeito das histórias dos profetas (AS). Os judeus,
considerados povo do Livro, escutavam o Alcorão e o que ele narra a
respeito do profeta Moisés (AS). Apesar disso, não se sabe que algum
deles desmentiu as narrativas do Alcorão a esse respeito. Devemos
lembrar que Mohammad (S) era iletrado. Deus diz: “E nunca recitaste
livro algum antes deste, nem o transcreveste com a tua mão direita; caso
contrário, os difamadores teriam duvidado” (Alcorão Sagrado, 29:48).
Ele foi enviado a um povo iletrado, não lia nem escrevia. Deus diz: “Ele
foi Quem escolheu, entre os iletrados, um Mensageiro da estirpe deles,
para ditar-lhes os Seus versículos, consagrá-los e ensinar-lhes o Livro e
a sabedoria, porque antes estavam em evidente erro” (Alcorão Sagrado,
62:2). Mohammad (S) morava em Makka e nunca deixou o seu povo. Só
efetuou duas viagens á Síria. Uma vez acompanhando o seu tio Abu Tálib,
sem ter atingido ainda a puberdade, e outra, acompanhando Maissara, numa
viagem comercial, quando estava com vinte e poucos anos. Os seus
acompanhantes tiveram conhecimento de todos os seus passos. Durante a
viagem ele não se reuniu com sábio algum, nem judeu nem cristão, nem de
outro, nem com Bahiri, ou com qualquer outro. Quando o padre Bahiri o
viu, reconheceu nele os sinais da profecia e informou o seu tio a
respeito, pedindo-lhe que o protegesse dos judeus. Ele não recebeu
nenhuma instrução nem de Bahiri nem de outro. Allah, exaltado seja,
defendeu o Profeta Mohammad (S), no Alcorão Sagrado, contra os que
alegaram que ele recebeu instruções humanas, dizendo: “Bem sabemos que
dizem: Foi um ser humano que lho ensina (o Alcorão a Mohammad). Porém, o
idioma daquele a quem aludem tê-lo ensinado é o não árabe, enquanto que
a deste (Alcorão) é a elucidativa língua árabe” (Alcorão Sagrado,
16:103). O versículo desmente a alegação porque a língua falada pela
pessoa aludida era persa e o Alcorão é em elucidativa língua árabe
castiça.
Por outro lado, o Alcorão contém refutações aos povos do
Livro a coisas que eles inventaram, a exemplo de alegarem que Jesus
(AS) foi crucificado, de alguns alegarem que ele é deus, ou que ele é
mago, a suas afirmações de que Salomão (AS) era mago, e outras
infundadas coisas semelhantes. O Alcorão contém narrativas sobre os
profetas (AS) não contidas na Tora e no Evangelho, como por exemplo, a
história de Hud, de Saleh, de Xuaib, e de outros. O Alcorão descreve a
Ressurreição em detalhe, o aspecto do Paraíso e do Inferno, a recompensa
e o castigo, sem que haja nada similar na Tora e no Evangelho.
Quanto
ao futuro desconhecido, ele informou que Abu Lahab, o tio do Profeta
Mohammad, não iria acreditar na mensagem e morreria incrédulo. Quando
isto foi revelado Abu Lahab estava ainda vivo e ouviu a revelação e,
apesar disso, não acreditou nem fingiu que é crente para desmentir o
Alcorão.
Outro testemunho é a informação sobre os bizantinos. Eles
haviam sido derrotados pelos persas, e o Alcorão informou que os
derrotariam posteriormente. Os seguidores de Mohammad (S) apostaram com
os opositores entre os habitantes de Makka de que aquilo iria acontecer
por acreditarem na veracidade da profecia de Mohammad. E de fato
aconteceu o que o Alcorão vaticinou, com os bizantinos derrotando os
persas, corroborando a informação.
c. Entre os milagres do
Alcorão está a harmonia de suas expressões e a variedade de suas
sentenças, com uma parte dele corroborando à outra. Se aquilo fosse de
outra origem além de Deus, o Altíssimo, suas sentenças seriam diferentes
e seus significados se contradizeriam, com uma parte mostrando a
inverdade da outra. Deus, o Altíssimo, diz: “Não meditam, acaso, no
Alcorão? Se fosse de outra origem que não de Allah, haveria nele muitas
disparidades” (4:82).
d. Dentre os milagres do Alcorão está a
força de sua influência sobre as pessoas. Ele atinge o coração da mesma
forma que a flecha atinge o alvo. Ele domina as mentes como o sol domina
as trevas, fato testemunhado pelo amigo e pelo inimigo, além do fato de
que as pessoas comuns, além das letradas, ao ouvirem o Alcorão, sentem
uma forte atração por ele. Eles sentem que aquilo não é de origem
humana. O Walid Ibn Mughira, tio de Abu Jahl, um dos maiores inimigos de
Mohammad, ouviu uma vez o Alcorão recitado pelo Profeta (S). Ele disse
ao seu povo, os Bani Makhzum: “Ouvi palavras de Mohammad que não são de
humanos nem de gênios. São tão doces, tão belas! São palavras frutíferas
e abundantes, nada é igual a elas, e nada é superior a elas.”
e.
Entre os milagres do Alcorão está o impressionante sucesso dos adeptos
do Alcorão por terem-no seguido, atuado de acordo com seus elevados
objetivos e os seus sublimes ensinamentos. Ele elevou a comunidade
islâmica que se preocupou com a sua pronúncia, o seu significado e a sua
adoção. Ele a elevou aos graus mais altos na adoração, na ética e na
honra. Eles prevaleceram na terra, apesar de antes terem sido desunidos,
extraviados, iletrados e atrasados.
f. O mais importante aspecto
do milagre do Alcorão é a sua afirmação quanto as questões do
desconhecido, como a crença em Deus, no Dia do Juízo Final, nos
mensageiros, nos Livros, com provas racionais e incontestáveis.
Quanto à questão da lei que era divulgada, ele apresenta leis distintas quanto à:
1.
Justiça e equidade. O Islam ordena a prática da justiça e proíbe a
prática da injustiça, começando com a proibição da pessoa ser injusta
consigo mesma. Por isso, ele proibiu todo tipo de injustiça, mesmo
contra os animais.
2. Proteção dos direitos humanos quanto às suas vidas, sangue, bens, propriedades, famílias, mentes e liberdades.
3.
Distinção de abrangência da lei a todos os aspectos da vida humana,
fácil de ser seguida pelas pessoas. Contém a piedade, o amor e a
solidariedade. Ela incentiva a excelência de conduta, o amor às pessoas,
o ser amado por elas e a convivência harmoniosa com elas.
4. Piedade
mútua entre as pessoas. O rico tem piedade do pobre, do necessitado e
do incapacitado. Destina a ele uma parte de seus bens. Abrange os
direitos dos pais sobre os filhos, a benevolência do vizinho para com o
outro, o relacionamento benevolente entre os parentes.
5. A avaliação
de preferência, no Islam, é quanto ao temor a Deus. Isso torna a vida
feliz perante todos. O homem é generoso pelo que possui de piedade e
temor a Deus, de sublimes virtudes que ele extrai de sua religião, que
tem uma grande influência em sua vida e na vida das pessoas ao seu
redor, participando nisso todos, tanto o rico como o pobre.
6. A lei
islâmica convoca a pessoa a ser positiva na sua vida. Ela a incentiva a
adquirir conhecimento, a trabalhar, a desejar para as outras pessoas o
que deseja para si mesma.
7. Ela coloca tranqüilidade no íntimo da pessoa; canaliza a sua mente, seus
sentimentos e seu corpo para um só objetivo, ou seja, o de satisfazer
ao Criador, glorificado e exaltado seja. As leis islâmicas colocam um
equilíbrio fabuloso no íntimo da pessoa, e isso reflete na felicidade do
muçulmano.
Aquele que verifica as causas do ingresso das pessoas
no Islam, da sua crença em Mohammad (S) como Profeta e Mensageiro,
principalmente da maioria dos árabes que não tinham conhecimento
daquelas informações que constavam dos livros celestiais sobre o seu
comissionamento, verifica que eles acreditaram nele devido ao fato de
terem comprovado os sinais que atestavam a veracidade de sua condição de
Profeta. Os seus seguidores árabes e não árabes cresceram mais após a
sua morte, apesar da maioria não ter tido contato com ele e, mesmo
assim, estão em crescimento permanente. Isso aconteceu devido à justiça,
da piedade, da facilidade das leis que ele apresentou, e por perceberem
as boas influências de sua mensagem em seus seguidores através dos
tempos, entre as quais a excelência de conduta.
Peço refúgio em Allah contra o maldito Satanás
“Ó
humanos, por certo que vos chegou o Mensageiro com a Verdade de vosso
Senhor. Crede, pois, nele, que será melhor para vós. Porém, se
descrerdes, sabei que a Allah pertence tudo quanto existe nos céus e na
terra e que Ele é Sapiente, Prudentíssimo” (4:170).